No início pode parecer bem difícil, mas é possível adaptar a vida para a bike sim! E esse post é sobre isso, como podemos ter um cotidiano mais leve e feliz e ao mesmo tempo melhorar a resistência física com um hábito saudável.
Até o Snoopy passeia de bike! ❤
A bike é bastante usada como meio de transporte em várias partes do mundo, mas no Brasil parece que ainda há uma resistência para este uso. A sensação que se tem é de que as pessoas pensam na bike apenas como uma forma de lazer ou passeio, mas não, ela pode ser usada para as tarefas do cotidiano tranquilamente!
A vida com ciclovias em São Paulo ficou muito mais fácil, logicamente, mas para poder aproveitar este benefício, eu precisava de uma bike, e essa parte é bem difícil de resolver porque são muitas especificações que precisamos prestar atenção. Então vou tentar “ajudar” as comadres que estão querendo iniciar esse processo a encontrar “a bike da vida”, como eu fiz.
Os posts sobre bike no blog serão sempre com a pegada vintage/urbana, o meu estilo preferido deste meio de transporte.
Por onde começar a procurar uma bike?
Pense no uso que você quer dar a ela, há uma imensidão de opções no mercado e você a princípio provavelmente vai querer aquela que tem asas e capacidade de mergulho, mas com certeza você não vai precisar disso no seu cotidiano. Então vamos com calma, respire fundo e pense bem: você quer uma bike só para usar aos finais de semana no parque? Ou quer uma bike para fazer trilhas radicais? (se for isso eu não vou poder te ajudar) Quer uma bike para participar de competições de velocidade? (desculpa, amiga, tô fora dessa ainda) Quer uma bike para ir ao trabalho, à escola, ao mercado…?
Decidiu? Se você quer uma bike para atividades cotidianas, como fazer trajetos não muito longos de casa até o trabalho ou a faculdade, ir ao mercado, passear por aí e ir ao parque nos fins de semana, vem comigo! A sua bike é “urbana” e pode sim ser daqueles modelos vintages com cestinhas e bagageiros bonitos, caso você seja adepta deste estilo que é puro charme.
Se você vai comprar uma bicicleta nova é importante atentar para alguns detalhes: na sua cidade tem muitos trajetos íngremes ou é mais plana? Se for muito íngreme você vai precisar de marchas para aliviar as pedaladas, se for cidade de praia uma bike sem marchas resolve e é bem mais barata.
Se você optar por uma mountain bike normal, pode ter a opção de muitas marchas, mas se quiser uma vintage terá no máximo sete, que para a cidade já resolve. Há também apenas três marchas que pode resolver em alguns casos, vai da força nas suas pernocas.
Freios: é importante ter freios com a tecnologia v-brake, eles dão menos problema.
Banco: tem que ser confortável, né! O melhor é ir a uma loja e testar vários, porque você vai poder trocar, caso na versão de fábrica da sua bike não venha o que você mais gostou.
Resolvidas essas questões mais chatas e “mecânicas”, vamos para a parte que muito me interessa, o modelo da bike! \o/ \o/ \o/ Sou uma completa apaixonada pelas bikes vintages então vou falar basicamente destas, ok?
ó eu aí
A minha é uma Lola, é uma marca brasileira e por isso muito mais barata que as bikes retrôs importadas. Outra vantagem é que quando eu precisar trocar peças também encontrarei com bastante facilidade. Porém, é muito nova no mercado e ainda não se tornou tão popular como Linus, Nirve ou Mobele que são bem famosas, mas isso não significa que ela perca em qualidade!
Vamos lá, a Lola tem um quadro aro 26, que é o tamanho das mountain bikes comuns, o que facilita bastante na hora de procurar acessórios. As bikes de aro 700 são o estilo europeu, provavelmente elas vão render mais na pedalada, mas se você for baixinha esquece! Vai dar o maior trabalho colocar o pé no chão.
Ela é meio pesadinha, algo em torno de 16 quilos, há opções mais leves e muito mais caras! =/ Isso não interfere necessariamente na pedalada, mas principalmente se você tiver que carregá-la no braço, como por exemplo, para descer escadas em estações de metrô, aí não é tão simples, mas também não impossível. Eu faço isso direto e nunca perdi um braço!
Com sete marchas eu consigo fazer todos os trajetos que preciso, inclusive os mais íngremes. Os freios são bons, o banco é confortável e as manoplas originais machucavam um pouco a mão, mas isso é facilmente “trocável”.
Customiza sim!
Eu troquei várias coisas na minha Lola. Coloquei bancos e manoplas melhores e mais bonitos, pneus mais finos (para render mais a pedalada) e mais bonitos também e pretendo trocar os freios em breve. Também coloquei cestinha! ❤ Puro amor! E pretendo colocar um bagageiro para carregar bolsas maiores! (porque é lindo).
Veja algumas opções de bikes vintages:
Lola feminina
Lola masculina
Repare bem nos componentes originais, já troquei várias coisas da minha, como disse antes. A Lola tem duas opções de modelo, a masculina com o quadro alto e a feminina com o quadro baixo que facilita a pedalada com vestidos e saias! São apenas quatro cores na cartela da marca, mas acho que se resolvem bem: feminina tem bege e rosa e masculina tem preta e azul.
Site para a Lola aqui.
A Linus já conta com mais opções de modelos e muitas cores. Os pneus também variam bastante de acordo com sua necessidade, há pneus mais finos para corrida, mais grossinhos para percursos urbanos…
Site para a Linus aqui.
Mobele Feminina
Mobele masculina
A Mobele tem um discurso de ser uma “autêntica bike holandesa”, desculpa, comadres, mas eu não conheço uma bike holandesa. Sendo assim, não posso falar muito. Ela tem poucos modelos e apenas as cores bege, vermelha e preta. Vem com uns componentes bem interessantes de fábrica, mas nunca vi uma de pertinho.
Site para a Mobele aqui.
Nirve
A Nirve também tem muitos modelos e é um tanto parecida com a Lola, mas tem os pneus mais finos e é beeem mais leve, mas também custa o dobro do preço. Tem uma cartela de cores bem variada.
Site para a Nirve aqui.
Caloi Konstanz
Caloi Konstanz não tem muitas informações mais sobre ela, o diferencial maior acho que é já vir com a cesta, mas isso é fácil de resolver nas outras.
Não encontrei sites que ainda tenham ela disponível em estoque.
Não posso falar com muita propriedade sobre essas outras marcas, já testei a Linus e a Nirve, por exemplo, quando estava a procura da minha. Lógico que se eu já fosse uma ciclista experiente e tivesse esse dinheiro todo para investir, teria comprado uma dessas logo de cara, mas tinha muita coisa para pensar ainda sobre. Não sabia se usaria a bike todos os dias, nem se andaria em lugares seguros o suficiente, imagina ser roubada depois ter pago 3 mil dilmas numa bike? Não dá, né!
O que sei da Linus é que ela é muito leve! Bastante confortável e tem o sistema de troca de marchas interno, o que a deixa mais bonitona ainda. Numa linus eu não trocaria nada, nem o banco, nem as manoplas, nem os pneus e nem os freios! A Nirve tem a vantagem de ser a mais leve da categoria (pareço vendedora de carro falando), ela pesa algo em torno de 12 quilos, então para “carregar no braço” é muita moleza! Ela também tem sistema de marchas, bancos e manoplas muito bonitos e confortáveis.
Nunca testei uma Mobele. E essa Caloi Konstanz chegou no Brasil com toda boa vontade do mundo e a um preço muito acessível, porém, parece que o tamanho dela é meio esquisito (eu nunca vi uma ao vivo). Mas foi o que diversos vendedores de bike me disseram, reza a lenda que ela não se adaptou ao tamanho da mulher brasileira, porque importaram um modelo europeu e lá elas são um tanto maiores que nós, né! Mas, se você souber de um lugar que ainda venda (ela está saindo de linha) talvez valha uma visita para testar.
Bem, comadres, por enquanto é isso. Já falei bastante de bike para ser o primeiro post. Espero que se empolguem com a ideia porque ainda há muito para ser dito sobre o assunto. Vamos falar sobre cestas bonitas sim! Sobre acessórios fofos, sobre comportamento, looks, maquiagem e tudo o mais que pode ser relacionado a uma bike lindona! Além claro, de urbanidades.
Um beijo e até o próximo passeio de bike!
Tags:bicicleta, bicicleta retrô, bicicleta vintage, bike, bike retrô, bike urbana, bike vintage, Caloi Konstanz, cycle chic, Linus, Lola, Mobele, Nirve